COP30: A (possible) imminent failure?

Announced by the United Nations (UN) on May 18, 2023, the 30th United Nations Climate Change Conference (2025 edition) will take place from November 10 to 21 of this year. However, what should have been a major meeting involving 196 different nations has so far only reached less than 25% of the expected total. The reason? The high prices being charged for available accommodations.

Initially, a crisis in the sector that offers this type of service was considered. However, there is no shortage of beds; what is actually happening is an abusive practice on the part of property owners (commercial and otherwise), increasing prices by a margin completely unrealistic, even for specific events as important as COP30. A great example of this is rooms in family homes costing 10 or even 15 times the normal price.

Against this backdrop, many countries have yet to confirm their attendance at the event (which focuses on discussing the future of the planet in terms of environmental issues, seeking to secure resources for the protection not only of the environment - through numerous speeches, lectures, negotiations, presentations of plans, in addition to the already expected political agreements - but also for all humanity that depends on it), and this is causing concern.

Predatory capitalism, in moments like these, becomes even more gigantic. This also reveals how the Brazilian population itself, which owns these properties (individually or collectively), or foreigners who may own them, tries, at all costs, to take advantage of a scenario where the law of supply and demand reaches unprecedented levels. A complex situation, which is not purely about numbers, but also about moral and ethical issues.

The federal government has been working to try to resolve (or at least mitigate) this issue and is in direct and ongoing talks with the political establishment of the city of Belém (in the state of Pará), which will host the event. So far, nothing significant has been resolved (because accommodation prices are still largely high), and the outlook for future events does not appear positive, as there are no planned changes in the works.

Amidst the chaos, Brazil remains confident that it will host an unforgettable event. This may indeed happen, but at the core of the project's idea, it may not be unforgettable for the expected reasons. This issue of above-average prices could have been resolved with prior planning, but as is now standard practice for the Brazilian government (in any party in power), racing against time to make a loss is what we do best.

Anunciada por las Naciones Unidas (ONU) el 18 de mayo de 2023, la 30.ª Conferencia de las Naciones Unidas sobre el Cambio Climático (edición 2025) se celebrará del 10 al 21 de noviembre de este año. Sin embargo, lo que debería haber sido una gran reunión con la participación de 196 países diferentes solo ha alcanzado hasta ahora menos del 25% del total previsto. ¿La razón? Los altos precios de los alojamientos disponibles.

Inicialmente, se consideró una crisis en el sector que ofrece este tipo de servicio. Sin embargo, no hay escasez de camas; lo que ocurre en realidad es una práctica abusiva por parte de los propietarios (comerciales y de otros tipos), que aumentan los precios de forma completamente irreal, incluso para eventos tan importantes como la COP30. Un claro ejemplo de ello son las habitaciones en viviendas familiares que cuestan 10 o incluso 15 veces el precio normal.

En este contexto, muchos países aún no han confirmado su asistencia al evento (que se centra en debatir el futuro del planeta en términos ambientales, buscando asegurar recursos para la protección no solo del medio ambiente - mediante numerosos discursos, conferencias, negociaciones y presentaciones de planes, además de los acuerdos políticos ya previstos - sino también de toda la humanidad que depende de él), lo que genera preocupación.

El capitalismo depredador, en momentos como estos, se vuelve aún más gigantesco. Esto también revela cómo la propia población brasileña, propietaria de estas propiedades (individual o colectivamente), o los extranjeros que puedan poseerlas, intentan, a toda costa, aprovechar un escenario donde la ley de la oferta y la demanda alcanza niveles sin precedentes. Una situación compleja, que no se trata solo de cifras, sino también de cuestiones morales y éticas.

El gobierno federal ha estado trabajando para intentar resolver (o al menos mitigar) este problema y mantiene conversaciones directas y continuas con la clase política de la ciudad de Belém (en el estado de Pará), sede del evento. Hasta el momento, no se ha resuelto nada significativo (debido a que los precios del alojamiento siguen siendo en gran medida altos), y las perspectivas para futuros eventos no parecen positivas, ya que no hay cambios previstos.

En medio del caos, Brasil confía en que albergará un evento inolvidable. Esto podría suceder, pero la idea central del proyecto es que no sea inolvidable por las razones previsibles. Este problema de precios superiores a la media podría haberse resuelto con una planificación previa, pero como ya es práctica habitual del gobierno brasileño (de cualquier partido en el poder), correr contrarreloj para obtener pérdidas es lo que mejor sabemos hacer.

Anunciada pela Organização das Nações Unidas (ONU) no dia 18 de maio de 2023, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (edição 2025) acontecerá entre os dias 10 e 21 de novembro deste ano, mas o que teria que ser um encontro de grande magnitude entre 196 diferentes nações, até o momento, conta apenas com menos de 25% do total esperado. O motivo? Os altos preços que estão sendo praticados nas acomodações que estão disponíveis.

Inicialmente, foi cogitada uma crise no setor que oferece esse tipo de serviço. No entanto, não há falta de leitos, o que realmente há é uma prática abusiva por parte dos donos de imóveis (comerciais ou não), onde há aumento dos preços em uma margem totalmente fora da realidade, ainda que para eventos específicos e tão importantes quanto a COP30. Um grande exemplo disso são quartos em casas de família custando 10 ou até mesmo 15 vezes do que o valor normal.

Em frente a esse cenário, há muitos países que até agora não confirmaram presença no evento (que tem como foco a discussão sobre o futuro do planeta em termos de questões ambientais, buscando garantir recursos para a proteção não apenas do meio ambiente - através de muitos discursos, palestras, negociações, apresentação de planos, além dos já esperados acordos políticos - mas também para toda humanidade que depende dele) e isso está sendo preocupante.

O capitalismo predatório, em momentos como este, se torna ainda mais gigantesco. Isso também revela como a própria população brasileira que é dona desses imóveis (de maneira individual ou coletiva) ou pessoas estrangeiras que podem ser donas desses imóveis tenta, a todo custo, tirar proveito de um cenário onde a lei da oferta e demanda atinge níveis antes nunca vistos. Uma situação complexa, que não se trata puramente de números, mas de questões morais e éticas.

O governo federal tem agido para tentar resolver (ou ao menos mitigar) esse problema, e está em conversas diretas e constantes com o cenário político da cidade de Belém (no estado do Pará), que sediará o evento. Até o momento, nada de mais significativo foi resolvido (porque os preços das acomodações ainda estão nas alturas, em sua grande parte), e o prognóstico para as próximas não parece ser positivo, uma vez que não há mudanças programadas em andamento.

No meio do caos, o Brasil segue confiante de que sediará um evento inesquecível. Isso de fato pode acontecer, mas na essência da ideia do projeto, talvez não se torne inesquecível pelas razões esperadas. Essa questão dos preços acima da média poderia ter sido resolvida com um planejamento prévio, mas como já é uma praxe do governo brasileiro (em qualquer partido que esteja no poder), correr contra o tempo na busca pelo prejuízo é o que sabemos fazer de melhor.