It is curiosity that makes life interesting.

Portuguese version below.

All mentally healthy individuals to some extent, are curious. We are born and as we grow, we have the need to discover, explore, and get to know a new world that becomes increasingly interesting to us. Curiosity for a baby is essential for them to figure out how basic things work, such as turning on a faucet or feeling the texture of food. In early childhood, adolescence, and adulthood, it's not much different; curiosity guides us towards our interests, preferences, and experiences in general. In fact, most of the things we like or dislike doing today probably originated from the curiosity to try them first.

However, even though curiosity is something that is inherent in human beings, it is easy to observe that some people are more curious than others. This is especially evident in adulthood; many people seem to simply have no desire to learn something new because they have become comfortable with their own lifestyle. It's bizarre to think that there are people who enjoy eating the same things, going to the same places, and essentially living a monotonous life. In my view, people like that aren't very curious, although there must surely be some level of curiosity in them, even if it's just to check if the water temperature is warm or not. Honestly, I find it humanly impossible for there to be absolutely no one with a desire to discover something.

I am the type of person who is very curious, so curious that I have to be careful not to be too intrusive in my social interactions. To understand something, I ask a lot of questions, regardless of the subject, so if the subject is personal, the other person might feel a little uncomfortable talking to me. As incredible as it may seem, it doesn't happen very often. People who feel comfortable trusting me usually appreciate the attention I give them in trying to help, but I must admit that there have been times when someone got bothered. In all those instances, I notice in time and simply change the subject or approach so that the other person doesn't feel embarrassed. But the truth is that being curious is part of my personality; I like to deeply understand things, so I'm always asking questions so that they can be answered, whether in a conversation or in material I need to study.

Most of the time, my curiosity only helps me to learn more and discover something unknown in the world that ultimately adds positively to my knowledge. But it's true that there have been times when I became quite unhappy after finding out something. For example, when I was 12 years old, I suspected that my friends and cousins were planning a surprise birthday party for me. I wanted to be sure, so I investigated everyone, observed their behavior more closely, and talked to a friend who I knew would eventually give in and tell me everything. After much observing, lurking, and asking questions, that friend ended up admitting that they were planning a surprise party for me, but then she told my cousin, who was the one organizing it. My cousin was very upset with me and said, "Congratulations, you wanted to play detective, now you won't have a surprise party!" That's when I learned an important lesson: there are some things that simply aren't worth knowing... Okay, to be honest, I can't say that I fully learned the lesson because there have been other situations where I insisted on knowing something that later made me feel bad. However, in recent years, I have become much more mature, and I often choose what I really want to discover and what I don't.

Curiosity is a part of life and makes it much more interesting. It's no wonder that depressed individuals don't feel like doing anything because curiosity is inherent to happiness. So, my advice is: nurture your curiosity, preferably for useful things that will excite you. For those things that are useless, don't waste your time; life is already complicated enough for you to try to uncover things that will bring you down.

Portuguese

É a curiosidade que torna a vida interessante.

Todas as pessoas que são mentalmente saudáveis em algum nível, são curiosas. Nascemos e na medida que vamos crescendo temos a necessidade de descobrir, explorar, conhecer um novo mundo que se mostra cada vez mais interessante para nós. A curiosidade para um bebê é essencial pra que ele descubra como as coisas básicas funcionam, como ligar uma torneira ou sentir a textura de um alimento. Na primeira infância, adolescência e vida adulta, não é muito diferente; a curiosidade vai nos guiando para sempre rumo a nossos interesses, preferências e experiências no geral. Na verdade, é provável que a maioria das coisas que gostamos ou não gostamos de fazer hoje em dia, surgiu da curiosidade de experimentar primeiro.

Porém, mesmo a curiosidade sendo algo que faz parte dos seres humanos, é fácil observar que existem algumas pessoas mais curiosas do que outras. Isso acontece principalmente na vida adulta; muitas pessoas parecem simplesmente não terem vontade de conhecer algo novo, porque se acomodaram ao próprio estilo de vida. É bizarro pensar que existem pessoas que gostam de comer as mesmas coisas, andar pelos mesmo lugares, e enfim, ter uma vida monótona. Ao meu ver, pessoas assim, não são muito curiosas, embora com certeza deva existir nelas algum nível de curiosidade, nem que seja pra ver se a temperatura da água está quente ou não. Sinceramente, acho humanamente impossível não existir absolutamente ninguém com vontade de descobrir algo.

Eu sou o tipo de pessoa muito curiosa, sou tão curiosa que tenho que ter cuidado para não ser incoveniente em minhas relações sociais. Para entender algo, eu faço muitas perguntas, independente do assunto, então se o assunto for pessoal, pode ser que a outra pessoa se sinta um pouco incomodada de conversar comigo. Por mais incrível que possa aparecer, não acontece muitas vezes, as pessoas que se sentem confortáveis de confiar em mim, normalmente gostam da atenção que dou a elas para tentar ajudá-las, mas devo admitir que já aconteceu de alguem se incomodar. Em todas essas vezes, de qualquer forma, eu percebo a tempo e simplesmente mudo o assunto ou a abordagem pra que a outra pessoa não se sinta constrangida. Mas a verdade é que ser curiosa faz parte da minha personalidade, eu gosto de entender profundamente as coisas então estou sempre fazendo perguntas pra que elas possam ser respondidas, seja numa conversa ou num material que preciso estudar.

Na maioria das vezes, minha curiosidade só me ajuda a aprender mais e conhecer algo desconhecido do mundo que acaba agregando positivamente ao meu conhecimento. Mas, é verdade que já aconteceu de eu ficar bastante infeliz por descobrir algo. Quando eu tinha 12 anos por exemplo, estava desconfiada de que meus amigos e primos estavam preparando uma festa de aniversário surpresa pra mim. Eu queria ter certeza, então investiguei a todos, observei melhor seus comportamentos e conversei com uma amiga que sabia acabaria cedendo e me contanto tudo. Depois de muito observar, rondar e fazer perguntas, essa amiga acabou admitindo que estavam fazendo uma festa surpresa pra mim, mas depois contou a minha prima que era quem tava organizado. Minha prima ficou muito chateada comigo, me disse ‘’Parabéns, você quis bancar a detetive, agora ficará sem festa surpresa!’’ Alí eu aprendi uma lição importante: tem coisas que simplesmente não vale a pena saber… Ok, pra ser sincera, não posso dizer que aprendi a lição, pois aconteceram outras situações em que eu insistir em saber de algo que me fez mal depois. Porém, de uns anos pra cá sou muito mais madura e muitas vezes escolho o que quero realmente descobrir e o que não quero.

A curiosidade faz parte da vida e a torna muito mais interessante. Não é a toa que pessoas deprimidas não sentem vontade de fazer nada, porque a curiosidade é inerente a felicidade. Por isso, meu conselho é: cultive sua curiosidade, de preferência pra coisas úteis que vão te deixar animado. Pra aquilo que é inútil, não perca seu tempo, a vida já é complicada demais pra você tentar descobrir coisas que vai te deixar pra baixo.